É fundamental implementar as ações e para isso a atitude de querer tirar as ações do papel e colocá-las na prática é o que vai garantir os resultados planejados ou permitir a correção de rumo
Por Umberto Canônico*
Nesta última década temos visto de forma bastante enfática as empresas trabalharem o planejamento em todas as suas vertentes (estratégico, tático e operacional) e isso é não somente louvável como também importante principalmente na era da globalização onde o mercado idiossincrático (ao mesmo tempo que se expande com novas oportunidades possuí uma gama quase que infinita a concorrer por mais espaço para garantir uma fatia maior desse mercado) busca aumentar a produtividade priorizando e maximizando recursos .
Tenho percebido que de uma forma geral os planos de ações têm melhorado na sua formulação (pelo menos aqueles que tenho tido oportunidade de acompanhar) com maior observação de suas premissas e principalmente na coerência das ações em relação aos objetivos propostos.
Apesar desta melhoria (que espero que seja contínua) no planejamento tenho me deparado com uma situação que me parece preocupante: A fase da implementação dos planos.
Talvez tenhamos algumas causas para que isso não ocorra:
- Mudança de objetivo no meio do caminho (não podemos negar que pode acontecer)
- Corte dos recursos planejados para a implementação (isso também pode ocorrer)
- Ações inexequíveis (acontece se o plano não for bem formulado)
Poderíamos citar mais situações para que a implementação não ocorra, mas ao meu ver as principais estão ligadas a um aspecto: ATITUDE, ou melhor falta de ATITUDE.
A impressão que fica é que o importante é planejar e basta!
É fundamental implementar as ações e para isso a atitude de querer tirar as ações do papel e colocá-las na prática é o que vai garantir os resultados planejados ou permitir a correção de rumo.
Além da atitude do dono plano (é ele que deve implementar as ações) é preponderante que o gestor acompanhe e cobre as ações planejadas e avalie os resultados no decorrer da implementação e não apenas em uma reunião final de avaliação.
Não é incomum termos gestores com atitude de engenheiros de obras prontas, dizendo “eu sabia que não ia dar certo”, e com isso literalmente tirar o corpo fora (pra não dizer outra coisa).
Outras situações que nos defrontamos é aquele de mudarmos as ações antes de implementá-las, ou seja, correção antes da implementação, costumo chamar de ejaculação precoce de ações (desculpem-me pelo termo, mas foi o que encontrei e que melhor retrata esta atitude).
Um dos aspectos que mais me frustra no trabalho de treinar equipes em planejamento é não conseguir ver o resultado de seus planos pela falta de atitude na implementação.
Aqueles que assim como eu podemos chamar de educadores gerenciais, precisamos deixar claro que PLANO NÂO É FIM e sim meio, e é importante para aquele que executa e que deve ser constantemente acompanhado, afinal plano de ação sem a execução é somente sonho.